domingo, 6 de novembro de 2016

II Encontro Nacional de Produtos Tradicionais certificados em Tibaldinho

Realizou-se nesta  sexta feira, o II Encontro Nacional de Produtos Tradicionais certificados em Tibaldinho.
A Adere-Minho  aceitou o desafio do Município de Mangualde, para realizar este II ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTOS TRADICIONAIS CERTIFICADOS em Tibaldinho – Alcafache no Município de Mangualde, contou com o Presidente do Município de Mangualde João Azevedo que referiu,  este encontro só fazia sentido se realizar em Tibaldinho, pois foi aqui que nasceu o maior património cultural que precisa ser preservado, promovido e valorizado, que é o Bordado de Tibaldinho que só persistiu no tempo graças à dedicação incondicional das suas artesãs.

Num dia muito produtivo,  com as intervenções valiosas do CEARTE (Luís Rocha e Fernando Gaspar), que fizeram um balanço da certificação dos produtos artesanais não alimentares, e da importância da obtenção da carta de artesão e de UPA.
O produto mais próximo da certificação é o Tapete de Arraiolos de Portugal, que foi devidamente explicado pela Técnica da qualidade da Adere-Minho - Diana Barbosa.
O Vereador do Município de Gondomar - Carlos Brás, falou da Filigrana de Gondomar, da sua importância para economia local e nacional, e por isso é importante certificar para valorizar o produto, e acabar com as “Filigranas falsas”. Foi também apresentado o Caderno de Especificações do Bordado de Tibaldinho (Fernanda Pereira de Mangualde).
A parte da tarde foi dedicada aos produtos alimentares certificados, em que se percebeu como elaborar um Caderno de Especificações (Graça Ramos da Portugal à mão), e a associação FELBA (entidade promotora) explicou como se trata da certificação da Maçã de Esmolfe e da Maça da Beira Alta. Da parte da Estrelacoop trouxeram uma apresentação clara sobre a certificação do Queijo da Serra da Estrela, é importante procurar queijo com selo da certificação.
Deste encontro sai ainda uma nota importante por parte do IPAC:
A certificação de produtos artesanais e tradicionais reforça a identidade nacional, honrando a cultura e o legado do passado, mas compatibilizando-o com os desafios atuais e a necessidade contínua de melhorar e inovar. Só desta forma seremos capazes de manter uma dinâmica de procura que respeite o passado mas seja capaz de satisfazer as necessidades e expectativas do presente, preparando assim um futuro com sustentabilidade.
A certificação destes produtos, quando realizada por uma entidade independente de quem os produz, dá as necessárias garantias de imparcialidade e isenção aos consumidores e regulamentadores, proporcionando ainda (consoante os casos) a possibilidade de registo legal de marca própria e distintiva, impedindo desta forma a concorrência (ilícita) de quem não tem o necessário histórico, tradição ou aptidões para produzir com a qualidade desejada os produtos certificados.
A certificação é também uma atividade indispensável quando é necessário separar o trigo do joio, ou seja, defender e assegurar a qualidade e consistência do produto, de modo a que o seu bom nome e reputação sejam protegidos, enaltecidos e reconhecidos de forma sistemática e imediata pelos consumidores. A ausência de uma certificação competente proporciona um ambiente em que a competição se faz apenas pelo preço, e não respeitando um nível de qualidade mínimo, o que inevitavelmente produzirá uma perca contínua de qualidade e o consequente desinteresse dos consumidores por um produto de qualidade incerta, decrescente e variável.
Finalizou este encontro o Sr. Vereador de Mangualde Dr. João Lopes, que agradeceu o facto de Adere-Minho ter aceite realizar um encontro desta importância e dimensão numa Freguesia com tanto histórico cultural na área do artesanato.
Por:Adere-Minho

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