Realizou-se nesta sexta feira, o II Encontro Nacional de Produtos Tradicionais certificados em Tibaldinho.
A
Adere-Minho aceitou o desafio do Município de Mangualde, para realizar
este II ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTOS TRADICIONAIS CERTIFICADOS em
Tibaldinho – Alcafache no Município de Mangualde, contou com o
Presidente do Município de Mangualde João Azevedo que referiu, este
encontro só fazia sentido se realizar em Tibaldinho, pois foi aqui que
nasceu o maior património cultural que precisa ser preservado, promovido
e valorizado, que é o Bordado de Tibaldinho que só persistiu no tempo graças à dedicação incondicional das suas artesãs.
Num
dia muito produtivo, com as intervenções valiosas do CEARTE (Luís
Rocha e Fernando Gaspar), que fizeram um balanço da certificação dos
produtos artesanais não alimentares, e da importância da obtenção da
carta de artesão e de UPA.
O produto mais próximo da certificação é o Tapete de Arraiolos de Portugal, que foi devidamente explicado pela Técnica da qualidade da Adere-Minho - Diana Barbosa.
O
Vereador do Município de Gondomar - Carlos Brás, falou da Filigrana de
Gondomar, da sua importância para economia local e nacional, e por isso é
importante certificar para valorizar o produto, e acabar com as
“Filigranas falsas”. Foi também apresentado o Caderno de Especificações
do Bordado de Tibaldinho (Fernanda Pereira de Mangualde).
A parte
da tarde foi dedicada aos produtos alimentares certificados, em que se
percebeu como elaborar um Caderno de Especificações (Graça Ramos da
Portugal à mão), e a associação FELBA (entidade promotora) explicou como
se trata da certificação da Maçã de Esmolfe e da Maça da Beira Alta. Da
parte da Estrelacoop trouxeram uma apresentação clara sobre a
certificação do Queijo da Serra da Estrela, é importante procurar queijo
com selo da certificação.
Deste encontro sai ainda uma nota importante por parte do IPAC:
A
certificação de produtos artesanais e tradicionais reforça a identidade
nacional, honrando a cultura e o legado do passado, mas
compatibilizando-o com os desafios atuais e a necessidade contínua de
melhorar e inovar. Só desta forma seremos capazes de manter uma dinâmica
de procura que respeite o passado mas seja capaz de satisfazer as
necessidades e expectativas do presente, preparando assim um futuro com
sustentabilidade.
A certificação destes produtos, quando realizada
por uma entidade independente de quem os produz, dá as necessárias
garantias de imparcialidade e isenção aos consumidores e
regulamentadores, proporcionando ainda (consoante os casos) a
possibilidade de registo legal de marca própria e distintiva, impedindo
desta forma a concorrência (ilícita) de quem não tem o necessário
histórico, tradição ou aptidões para produzir com a qualidade desejada
os produtos certificados.
A certificação é também uma atividade
indispensável quando é necessário separar o trigo do joio, ou seja,
defender e assegurar a qualidade e consistência do produto, de modo a
que o seu bom nome e reputação sejam protegidos, enaltecidos e
reconhecidos de forma sistemática e imediata pelos consumidores. A
ausência de uma certificação competente proporciona um ambiente em que a
competição se faz apenas pelo preço, e não respeitando um nível de
qualidade mínimo, o que inevitavelmente produzirá uma perca contínua de
qualidade e o consequente desinteresse dos consumidores por um produto
de qualidade incerta, decrescente e variável.
Finalizou este
encontro o Sr. Vereador de Mangualde Dr. João Lopes, que agradeceu o
facto de Adere-Minho ter aceite realizar um encontro desta importância e
dimensão numa Freguesia com tanto histórico cultural na área do
artesanato.
Por:Adere-Minho
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