Rui Nascimento |
" Sempre na ideia de grandes conquistas"
Fomos conversar com o técnico Rui Nascimento que
depois de uma aventura no Sabugal,
regressa a uma casa que bem conhece , o Vila Cortês.
Magazine Serrano- De volta ao futebol e ao Vila Cortez,
um novo projeto?
Rui Nascimento--Sim, é verdade e muito contente com a nossa
decisão. Este interregno foi opção minha e do meu adjunto Rui Afonso, sendo
essencial para amadurecer ideias, ponderar, definir novas estratégias e optar
pelo melhor. É um clube que conheço, mas que também me conhece como ninguém. Este
ano entre outras novidades, temos a inclusão de Bruno Coutinho na nossa equipa
técnica, pois a sua personalidade, competência e compromisso com a causa é
enorme, daí acumular também funções de diretor desportivo.
São tempos diferentes
mas assentes sempre na ideia de grandes conquistas, onde tentaremos chegar o
mais longe que conseguirmos, nunca nos contentando com o mais simples.
MS- Um público e um local que deixou saudades?
RN - Claramente. Local onde sempre fomos bem recebidos e
onde o respeito mútuo sempre foi uma constate, obviamente deixa sempre
saudades.
Campo sempre cheio com
pessoas fervorosas que mostram a real importância de quem apoia e que muitas
vezes conquista pontos, algo difícil de encontrar no nosso distrito.
MS- Uma aventura no Sabugal, que apesar de tudo saiu
mais engrandecido?
O processo desportivo,
neste caso o treino, consiste numa constante aprendizagem. Todas as
condicionantes, boas ou más, fazem de nós treinadores mais experientes e
capacitados. No S. C. Sabugal vivenciei diversas emoções, condições e
resultados e isso obviamente fez de mim melhor treinador, ou pelo menos, muito mais
preparado de quando aí cheguei.
O sabor da conquista
foi algo que não se consegue apagar e esse sentimento continua a ter um
contributo importantíssimo para prosseguir e lutar sempre por aquilo que
acredito.
MS - O Campeonato de Portugal, o que falta para as
equipas do distrito se poderem manter 2 anos seguidos?
RN--Tenho a convicção de que em poucos anos
conseguiremos ter mais do que uma equipa nos nacionais.
Trata-se de uma prova
muito competitiva onde o pormenor tem uma relevância muito grande. Sinceramente,
julguei que pudesse existir uma diferença muito maior a nível de qualidade, mas
não. Praticamente todos os jogos são disputados de olhos nos olhos com qualquer
adversário, mesmo sendo eles praticamente todos profissionais e nós
praticamente todos amadores.
Naturalmente, além de
trabalhar de forma similar a todas as equipas presentes na prova, é fulcral que
se aproveite a boa formação que existe na nossa zona, potenciando os melhores,
caso do que sucedeu por exemplo com Márcio Santos, incluindo-os no leque dos
jogadores de referência já existentes.
Acreditar que os
nossos jogadores, treinadores e diretores, podem ser os melhores e deixar de
parte ideologias de pessoas que além de falta de cultura desportiva, têm uma
falta incrível de valores pessoais.
Por fim, que o apoio
local aumente, pois a nível de instalações desportivas, jogadores, treinadores
etc., a qualidade é muito boa, mas se querem exigir para potenciar a
competitividade, então que sejam dadas as mesmas condições a todos.
MS - A aposta na formação tem de ser a poção certa
para o futebol distrital?
RN - Na minha opinião sim, pois ela existe
e cada vez com mais qualidade.
Se não se acreditar
naquilo que ajudamos a crescer, então não faz qualquer sentido continuar a
trabalhar.
A base é essencial e
quanto melhor se trabalhar na formação, melhores serão os resultados alcançados
em todos os patamares.
MS--Que mensagem deixa aos seus adeptos do Vila Cortez?
RN - Aquilo que
eles já sabem, principalmente os que já me conhecem, empenho, determinação,
muito respeito pelo clube e trabalho o mais competente possível, por forma a
obter os melhores resultados possíveis. Mesmo que nem sempre se consiga, moldaremos
uma equipa que entrará em cada jogo sempre com o objetivo de o vencer.
“Os únicos limites que você tem são aqueles em que você
acredita. Não há montanha intransponível, crer é ver a vitória”
Reportagem de António
Pacheco
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