Desmitificando a Gaguez!
- São muitas as
questões por detrás da gaguez! Fique a saber um pouco mais sobre esta
patologia!
Todas as
pessoas têm momentos em que não conseguem ser fluentes, em que não encontram a
palavra certa para continuar o raciocínio, sobretudo quando estão cansadas, sob
pressão ou quando têm que falar publicamente. Deste modo, não é necessário
definir-se tecnicamente o conceito gaguez porque qualquer ouvinte, sem
conhecimentos científicos, consegue identificar uma pessoa com gaguez.
A gaguez
é uma perturbação da fluência da expressão verbal (fala), onde a pessoa sabe
exatamente o que dizer mas o seu discurso é caracterizado por bloqueios,
repetições ou prolongamento involuntários na produção de sons da fala. A gaguez é importante pela sua frequência (podendo ser classificada de
ligeira, moderada ou severa) e pelas comuns consequências: redução da
autoestima, isolamento social, ansiedade e, em crianças, exclusão escolar. Estes
fatores contribuem para uma redução na qualidade da vida.
Apesar das diversas investigações realizadas sobre a etiologia da gaguez,
ainda não existe uma opinião unânime. As pesquisas apontam para a existência de
predisposição genética (cerca de 40 a 50%). Também existe a evidência de que os
fatores psicossociais podem ser responsáveis pela persistência e agravamento da
gaguez.
A gaguez pode
manifestar-se de diversas formas mas os 3 tipos de interrupções mais comuns são:
- Múltiplas
repetições de sons (p-p-pai), sílabas (bo-bo-bo-bola) ou palavras;
-
Prolongamentos dos sons da fala (eg. aaaavó);
- Bloqueios
(pausas longas) com esforço muscular (eg. … não vou ou ca…ma);
Estes
comportamentos podem ser acompanhados de movimentos involuntários dos
articuladores ou mesmo de tremor, assim como de medo ao pronunciar as palavras
mais difíceis.
Considerando
que comunicar é um ato social e que a gaguez afeta a comunicação, constata-se
que gaguejar é mais do que interrupções na fluência da expressão verbal.
Não
existe forma de prevenir a gaguez mas é possível evitar que se torne um
problema crónico, recorrendo ao diagnóstico e tratamento precoces. Este
diagnóstico é efetuado por um Terapeuta da fala e a futura intervenção engloba
o envolvimento da família.
Por:Ana Carolina Marques--TF-APSCDFA
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