domingo, 12 de julho de 2015

Futebol feminino: Conversa com Daniela Alves(Pipa) da Fundação L.Santos

Feito Histórico

Fomos conversar com a jogadora Daniela Alves da Fundação D.Laura Santos, atualmente na 1ªdivisão nacional de futebol feminino, aliás toda a equipa lutou imenso para este feito histórico, mas a Daniela, mais conhecida por "Pipa", no seio da sua equipa é uma  das jogadoras que marca muitos golos e luta imenso no setor atacante e quem sabe no futuro não terá uma chamada à seleção AA.

Magazine serrano: Depois da permanência na 1ªdivisão, que balanço faz desta temporada?
Daniela Alves -Jogo na Fundação há 7 anos, e para mim a nível coletivo foi a melhor época que fizemos, conseguimos o 4º lugar na fase de apuramento do campeão, o que é muito bom para uma equipa do interior conseguir este feito que consideramos histórico.


MS- Como foi trabalhar com o Mister Rodrigo?


DA- O mister Rodrigo é uma pessoa que se entrega 100% à equipa, está sempre disposto ajudar no que for preciso, desde o início manteve uma relação ótima com todas as jogadoras, uma vez que toda a gente se sentia à vontade no seio da equipa.
   A vinda do mister Rodrigo para a fundação só veio beneficiar todo o nosso futebol praticado anteriormente, com algumas alterações no modelo de jogo e no fator técnico- tático conseguiu fazer o que nunca antes tinha sido feito.
   Posso afirmar, que aprendi bastante com todo o trabalho que o mister realizou ao longo da época, aliás está aos olhos de todos, que por todo o seu trabalho, esforço e dedicação o mister foi considerado pelo “Portal de Futebol Feminino” o melhor treinador da 1ªdivisão nacional feminina nesta temporada, no qual eu dou os meus parabéns.




MS- Qual o melhor e pior momento desta temporada?
DA - Posso dizer que não há melhores momentos durante a temporada, porque todos os momentos que passamos nesta “família” são bons, mas há sempre aquelas situações que mais nos marcam. Uma delas, como já referi em cima, foi a passagem a fase de apuramento do campeão, a outra foi quando marquei o meu primeiro golo da época e o dediquei ao meu pai. Como piores momentos a nível individual não tenho nenhum, a nível coletivo passo a citar a lesão da Sandra Rita, uma jogadora com muitas qualidades e que nos irá fazer imensa falta no sector do meio campo na próxima época.

MS- No seio da Fundação tem sido uma peça chave? Uma goleadora também?
DA -Não me considero uma peça chave, na equipa todas as jogadoras são fundamentais para a construção da mesma. Quando a questão da goleadora, apesar de ter sido a melhor marcadora da equipa e ter ficado no top das melhores marcadoras da 1ª divisão nacional, tudo isto não teria sido possível sem ajuda e sem o futebol praticado pelas minhas colegas, todas elas contribuíram para que o conseguisse.
Deixo aqui também uma palavra de agradecimento, a todas as pessoas que me apoiam em todos os jogos, mas também a todas pessoas que nunca deixaram de acreditar em mim.

MS- O público já está mais presente nas bancadas?
DA -No que toca ao público, não nos podemos queixar, principalmente nos jogos em casa, temos muita gente assistir aos nossos jogos em casa e até nos jogos fora temos adeptos que nos acompanham para todo o lado, o que é muito importante para nós, é sinal que gostam da nossa “família” e de nos ver jogar.

MS- Como vê o futebol feminino em Portugal?
DA -Desde que jogo futebol, noto uma grande evolução no trabalho desenvolvido por todos os agentes envolvidos no futebol feminino, mas claro que ainda não deve ficar por aqui, acredito que com o passar do tempo, possa haver liga profissional de futebol feminino em Portugal, o que era muito bom para o nosso país.
Apesar de sermos um país que ainda está a fazer os possíveis para que o futebol feminino seja mais desenvolvido, já notamos alguma evolução no que toca, a clubes, nª de jogadoras inscritas, apoiantes do futebol feminino, etc.

MS- Uma chamada à seleção era perfeito?
DA -Sim era perfeito, até porque chegar à seleção nacional é o auge da carreira de uma jogadora, mas não é algo que me atormente no dia-a-dia, porém também sou internacional sub – 19, e se o consegui foi porque reconheceram o meu trabalho. No entanto, vou continuar a esforçar-me e aproveitar cada momento que o futebol me proporciona, e quem sabe um dia poder chegar lá.

MS- Para a nova época prevê ficar na Fundação?
DA -Apesar de ter tido propostas para sair da Fundação, estou na reta final do meu curso e a formação nos dias de hoje é sempre mais importante. Na nova época vou continuar na Fundação, até porque foi lá que eu aprendi e cresci como jogadora, mas também é sempre difícil uma saída por toda afetividade criada ao longo destes anos, contudo não digo que futuramente não possa haver uma possível saída.
Por António Pacheco

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