terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sanatório Sousa Martins classificado como conjunto de interesse público


O antigo Sanatório Sousa Martins foi classificado como conjunto de interesse público
A classificação foi hoje publicada através portaria em Diário da República, assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. O conjunto classificado está localizado no Parque da Saúde, área que já se encontra protegida.

O texto que sustenta a classificação refere que o antigo Sanatório Sousa Martins, projectado no início do século XX por Raul Lino «foi a primeira instituição criada de raiz para a assistência a doentes com tuberculose, tendo -se constituído como um complexo hospitalar de referência nas áreas social, científica e arquitetónica», realçando que «o clima favoreceria a cura de doenças respiratórias graves». O sanatório, ampliado entre 1950 e 1955, insere -se «num extenso parque concebido de acordo com o gosto romântico e revivalista da época, onde se distribuem espaços exuberantemente ajardinados, lagos, fontes, grutas e recantos pitorescos.
Entre os edifícios principais, exemplos dgrande qualidade de arquitetura do ferro, destacam -se, pela sua autenticidade, o pavilhão D. Amélia e, particularmente, o pavilhão D. António de Lencastre, verdadeiro ex -libris do conjunto».
A classificação destaca ainda que «os quartos possuem amplas varandas ou “galerias de cura”, com boa exposição solar, e ainda instalações sociais, cozinha, sala de jantar e consultório, contando ainda o pavilhão de primeira classe com jardim de inverno, biblioteca, barbeiro e dentista». A estes pavilhões juntam -se os edifícios da administração, farmácia, laboratório, posto de radiologia, capela neo -gótica, chalets, pombal e lavandaria. O texto justifica que a classificação do Antigo Sanatório «reflecte os critérios relativos ao caráter matricial do bem, ao génio do respetivo criador, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva, e às circunstâncias suscetíveis de acarretarem diminuição ou perda da perenidade ou da integridade do bem».
fonte:Terras da Beira

Sem comentários:

Enviar um comentário