Segundo
o comandante Paulo Sequeira, o veículo chegou na passada segunda-feira à
corporação da cidade mais alta do país e atualmente está a decorrer o
processo de formação dos elementos que o vão manobrar. "É um veículo que
fazia falta pelas suas funções e por ser um veículo, principalmente,
multifunções", disse o comandante. A viatura custou cerca de 300 mil
euros e, para além de operar em situações de neve e de gelo, poderá ser
utilizada pelo corpo de bombeiros em outras situações de emergência. "A
grande valência do veículo é ter um contentor de salvamento,
desencarceramento, desobstrução e escoramentos que não existia em termos
de valência de socorro" no corpo de bombeiros, apontou o responsável,
sublinhando que os voluntários também passaram a ter facilidades em
acorrer a acidentes que aconteçam em dias de neve. Paulo Sequeira admite
que a nova viatura é "uma mais-valia" e também "um reforço
significativo, em termos de meios, para o município" da Guarda. A
viatura que permitirá a limpeza de neve e o espalhamento de sal será
operada por elementos do corpo de bombeiros "em estreita colaboração"
com o serviço municipal de proteção civil. As duas entidades irão
assinar um protocolo para articulação de procedimentos que permitam
executar "um trabalho o mais eficaz possível" num concelho do país que
durante o inverno é afetado, com alguma frequência, pela neve e pelo
gelo, disse o comandante. De acordo com Paulo Sequeira, o novo veículo
não deve ser encarado como "a solução de todos os males" originados pela
queda de neve no município da Guarda, uma vez que pela sua dimensão há
zonas da cidade onde não poderá operar. No entanto, o responsável
reconhece tratar-se de "um reforço substancial" para os meios de atuação
do serviço de proteção civil municipal. O equipamento foi adquirido
pelos bombeiros no âmbito de uma candidatura a fundos comunitários,
através do Programa Mais Centro, tendo a contrapartida nacional sido
assegurada pelo montante de 80 mil euros, valor atribuído pelo último
governador civil da Guarda para esse fim. O processo inicial para
aquisição de um camião limpa-neves, uma máquina retroescavadora e um
trator, iniciado em 2011, envolvia os bombeiros e outras entidades, como
a Câmara, o Governo Civil, a Unidade Local de Saúde e a Estradas de
Portugal. Posteriormente, a candidatura foi reformulada e foi assumida
unicamente pelos bombeiros, pela necessidade de a viatura ter
características de um carro operacional e ser operada por bombeiros,
optando a direção dos voluntários da Guarda por um veículo
multifuncional.
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