quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estudo dá esperanças a utentes e empresários que Governo suspenda pagamento nas ex-scut


Os utentes das auto-estradas A23, A25 e A24, esperam que a conclusão do grupo de trabalho para as infra-estruturas de elevado valor, que apontam vários constrangimentos criados pelas portagens, levem o Governo a suspender o pagamento. “O Governo nem sequer tem de pensar em repor isenções ou o que seja.
O Governo tem de olhar para estas conclusões e perceber que tem de por fim a este roubo que está a desgraçar um conjunto largo de empresas e de pessoas", referiu o porta-voz da comissão de utentes daquelas auto-estradas, Francisco Almeida, em declarações à Lusa.
A reivindicação é também repetida pelo porta-voz do movimento Empresários pela Subsistência do Interior. Luís Veiga, porém, considera "reduzida a probabilidade de que tal aconteça. E apela a que "pelo menos" sejam introduzidas "medidas de discriminação positiva”. "Penso que no Interior é indispensável que haja, pelo menos, isenção de portagens, até porque há uma razão mais do que justificável para isso: não há alternativas à utilização das ex-scut e é importante que todos saibam isso", sublinhou, em declarações à Lusa.
O grupo de trabalho, liderado pelo presidente da Associação Industrial Portuguesa, José Eduardo de Carvalho, apontam também que o "custo rodoviário para o transporte internacional, nas suas principais vias de saída de Portugal, é agravado com taxas (portagens que encarecem o custo do produto) e acrescenta que "o preço elevado das auto-estradas tem impacto significativo na estrutura de custos e dos agentes económicos com o respectivo incremento dos preços dos produtos e perda de competitividade".
Estes dois representantes não estão surpreendidos com as conclusões do relatório e mostram-se esperançados de que o documento mude a situação. "É caso para dizer que descobriram a pólvora. Já há muito que dizemos, e mostramos com exemplos práticos, o mal que as portagens fizeram às empresas e às pessoas da região. É preciso ver que nem todos podem trabalhar à porta de casa e que agora têm de enfrentar mais este custo, porque não há alternativas", frisa Francisco Almeida. Argumentos igualmente sublinhados por Luís Veiga, recordando que antes do estudo agora apresentado, já o movimento do qual é porta-voz tinha elaborado um outro estudo, que apresentava conclusões similares, como a de que "o Interior passou a ter um custo adicional dos produtos", de que as "empresas perderam competitividade por terem de enfrentar mais este custo extra" e que a região passou a ter menos atractividade turística”.
Estas razões, de acordo com Luís Veiga "já eram suficientes “para que o Governo tivesse agido". "Como tal não aconteceu", este responsável espera agora que, "tendo carácter mais oficial", o novo documento "dê o conforto necessário ao Governo para tomar decisões"; que seja, como disse Francisco Almeida, "mais uma campainha" que se junta à voz dos utentes.
O documento, que foi recebido pelo primeiro-ministro na segunda-feira e que entra hoje em debate público, diz relativamente às portagens, que "as tarifas praticadas permitem cobrir custos de operação e exploração apenas em situações de elevada procura, o que não se verifica nas estradas concluídas na última década ou ainda a construir".
fonte:celorico news

Sem comentários:

Enviar um comentário