domingo, 15 de maio de 2022

Liturgia do V Domingo de Páscoa - ano C

 



O evangelho deste Domingo é o início do discurso de despedida de Jesus não só dirigido aos seus Apóstolos, mas também a cada um de nós. Nele, proclama o mandamento novo: “amai-vos”. Jesus está convencido que só amando até ao extremo vencerá a morte. Por isso, convida-nos a viver a mesma experiência. A primeira palavra do Senhor que encontramos neste evangelho é “agora”. Jesus enfrenta o seu presente, o seu “agora”, dando a vida. No Domingo passado, contemplámos Jesus como o bom pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. É deste modo que Jesus enfrenta a morte e a vence e também revela plenamente a sua identidade e missão. “Agora”, no momento da paixão e da cruz, Jesus proclama a “glória” do Pai, que é a sua própria “glória”. Jesus tem a convicção profunda de que Deus actua “agora”, não numa situação ideal ou de fantasia, onde não há traidores ou pecado… Agora. O “agora” de Jesus é o seu e também o nosso. Muitas vezes, entre os cristãos escutamos lamentações por causa das dificuldades actuais para a evangelização, para viver a fé, para construir a Igreja. Estas lamentações surgem a partir de uma perspectiva sociológica: antes, a Igreja era importante socialmente; hoje, não tem prestígio. Talvez seja necessário propor uma renovação de mensagem, uma nova renovação litúrgica, o uso dos meios modernos de comunicação. Mas também podem existir muitas outras razões; todavia, devemos afirmar que não é mais difícil hoje que nos princípios da Igreja. Sem necessidade de comparação, a contemplação do evangelho deste domingo indica-nos qual a convicção profunda que é necessária. A evangelização nada exige às condições ambientais, quer sejam favoráveis ou desfavoráveis. A evangelização pede um coração disposto a amar, a olhar a realidade concreta das pessoas que sofrem injustiças sociais. É necessário hoje ter um coração e uns olhos, dispostos para dar a vida: o amor põe-nos em acção. Concluindo, a fé só se transmite com a vida e com o contacto pessoal. “Agora” é a hora de acreditar. “Agora” é a hora de evangelizar. Como no passado, também hoje podemos anunciar que o Reino de Deus está no meio de nós. A “glória” de Deus é a forma como encaramos as situações actuais, sejam elas quais forem; enfrentá-las como Jesus: com um amor doado, amando até ao fim. Nesta vida – morte tão humana encontra-se a glória de Deus, encontra-se a ressurreição.



b) Por diversas vezes, neste tempo pascal, já fizemos referência à grande novidade de Jesus que é o mandamento novo. Hoje, com a segunda leitura que nos diz “Vou renovar todas as coisas”, é mais uma oportunidade para o fazer. É evidente que a vida das pessoas que compõem a comunidade não se renovou totalmente desde que começámos a celebrar a Páscoa. Mas, podemos ajudá-las a vencer etapas no que se refere à relação pessoal com Deus e com os irmãos. A este nível, poderá haver uma autêntica novidade. Jesus qualifica de “novo” isto: “como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. É uma renovação que acontece no interior e que tem consequências renovadoras no exterior.



http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/



Novos horários das celebrações do próximo Domingo.

 

Domingo

22 de Maio de 2022

9h Forninhos

 

10h15 Matança

 

11h30 PenaVerde – compasso

 

14h30 Casal do Monte

DOMINGO VI PÁSCOA – ano C

     


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