Na sequência da decisão anunciada, esta semana pelo Governo
relativamente à não execução do Aproveitamento Hidroeléctrico de
Girabolhos, cujo contrato de concessão foi assinado entre o Estado
Português e a “HidroMondego – Hidroeléctrica do Mondego Lda.”, de que é
proprietária o Grupo Espanhol Endesa, e que visava a construção da
Barragem de Girabolhos e da Bogueira no Rio Mondego, os Presidentes das
Câmaras Municipais de Gouveia, Mangualde, Nelas e Seia vêm pela presente
referir o seguinte:
1º Lamentar essa decisão do
Governo Português e do Grupo Endesa, sobre a qual os municípios
expressaram a sua oposição, em reunião mantida esta segunda -feira (18
de abril) com os promotores e o Sr. Ministro e Secretário de Estado do
Ambiente.
Estranha-se que ao longo do processo de reavaliação do
Plano Nacional de Barragens, não tenha sido dada qualquer explicação aos
municípios.
2º Que seja garantido às populações
que, no que respeita às expropriações por utilidade pública já
efetuadas, bem como pelos trabalhos preparatórios de construção da
Barragem em curso, não haverá qualquer prejuízo nem para os
proprietários em causa, nem para as comunidades que não deixarão, com
qualidade, de utilizar os acessos já concretizados;
3º
Exigir ao Governo e ao Grupo Endesa um conjunto de medidas de
compensação para as comunidades atingidas com esta decisão, uma vez que
durante décadas foram criadas altas expectativas sobre o projeto e
constrangimentos inerentes a uma obra desta natureza e dimensão;
4º
Nesse sentido, efetuaram já, os Presidentes das Câmaras Municipais
acima referidos os contactos com os responsáveis governamentais do
Ministério do Ambiente e da empresa Endesa, no sentido de, a muito curto
prazo, verem concretizados nos seus territórios, junto das suas
comunidades, as referidas medidas de compensação e de minimização dos
impactos económicos e sociais negativos desta decisão que acaba de ser
anunciada.
Por:Mun.Nelas, Seia, Mangualde e Gouveia
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