sábado, 15 de novembro de 2014

Conselho Empresarial das Beiras e Serra da Estrela defende fim das portagens

Medidas de futuro
CEBSE
O presidente do Conselho Empresarial das Beiras e Serra da Estrela (CEBSE) exigiu hoje o fim das portagens nas duas autoestradas da região, por considerar que são um constrangimento à fixação de novos investimentos.

“É necessário, de uma vez por todas, exigir o fim das portagens nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso)”, afirmou Rogério Hilário na sessão de abertura do “I Fórum Empresarial Beiras e Serra da Estrela – A afirmação de uma região”, que decorre no Teatro Municipal da Guarda, com a participação de cerca de 400 empresários. Segundo o presidente do CEBSE, as portagens representam “custos de contexto” para as empresas e são “um dos constrangimentos mais importantes” para a fixação de novos empresários. “Continuamos a ter custos de contexto mais altos do que outras regiões” do país, alertou o responsável. Rogério Hilário disse ainda na sua intervenção que a região necessita de uma discriminação fiscal positiva “real e justa” e de investimentos ao nível rodo e ferroviário, com destaque para a reabertura da linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã e para a modernização da linha da Beira Alta. O presidente da câmara da Guarda, Álvaro Amaro, também defendeu no seu discurso que haja “discriminação fiscal” para com as regiões do interior, saudando o facto de o Orçamento do Estado para 2015 já contemplar a diminuição fiscal da taxa do IRC. “Só há mais competitividade, mais crescimento, mais riqueza, mais emprego, com empresas no território” disse. Álvaro Amaro referiu que as políticas públicas dos últimos anos foram injustas para o interior e os resultados finais “ditam um fosso maior entre o chamado litoral e o interior”. Alertou que o próximo quadro de fundos comunitários poderá ser “a última oportunidade” para o desenvolvimento dos territórios mais desfavorecidos, daí que seja necessário “agarrá-la”. A subsecretária de Estado Adjunta do vice-primeiro ministro, Vânia Silva, alertou que o novo quadro comunitário “é decisivo para Portugal e pode, de facto, ser o último”, defendendo, por isso, que “deve ser bem aproveitado”. Quanto à criação de medidas de discriminação fiscal para o território do interior, apontou que o Governo não pode “fazer tudo de repente”. O CEBSE, que é formado por 18 associações empresariais da região das Beiras e da Serra da Estrela, promove o seu I Fórum Empresarial com o objetivo de discutir o futuro do setor e de dar contributos para o Plano Estratégico da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, que agrega 15 municípios dos distritos da Guarda e de Castelo Branco. Durante os trabalhos, que decorrem hoje na Guarda, são abordados temas com “Beiras e Serra da Estrela – uma região policêntrica com futuro”, “A inovação e a investigação como fator de competitividade” e “O artesanato/produtos locais e o seu contributo para o desenvolvimento do território”. 
fonte: Lusa | imagem: CEBSE

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