Câmara mais endividada fica de fora da nova linha de crédito.
Autarquia de Fornos de Algodres reage com satisfação ao acordo entre Governo e municípios para o pagamento das dívidas mas já tem plano de reequilíbrio financeiro em vigor.Segundo o anuário financeiro dos municípios portugueses de 2010, o município de Fornos de Algodres é o que tem maior volume de dívida por habitante: 13.847 euros.
«Embora isto [o acordo] não se aplique ao nosso município, porque temos um plano de reequilíbrio financeiro em vigor, não deixo de manifestar a minha satisfação por o poder local, finalmente, ser tratado com a mesma dignidade com que foi tratado o Estado e a Região Autónoma da Madeira, na negociação com a troika», declarou José Miranda (PSD) citado pela Lusa.
O autarca também disse ter ficado «contente» por a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ter chegado a acordo com o Governo, «tendo em conta que ao resolver os problemas das dívidas de curto prazo dos municípios, vai permitir injetar dinheiro na economia local, pagando a fornecedores e empreiteiros».
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Fornos de Algodres, o Governo manifestou «um grande respeito pelos autarcas e pelo poder local» ao tomar a decisão.
«Também estou contente porque a Lei dos Compromissos vai ser aplicada atendendo às especificidades dos municípios, pois todos nós estamos empenhados em contribuir com este esforço nacional de cumprimento do programa da «troika», mas tendo sempre em conta a realidade muito particular da vida municipal», concluiu.
O Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) acordaram segunda-feira uma linha de crédito de mil milhões de euros para permitir o pagamento de dívidas a curto prazo das autarquias vencidas num prazo de 90 dias.
O anúncio foi feito aos jornalistas pelo ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, após uma reunião na presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, na qual ficou definido, «através de um acordo de caráter inédito», este «programa de apoio» para beneficiar as economias locais.
Em causa está, segundo o governante, os interesses de milhares de micro, pequenas e médias empresas e toda a rede de fornecedores locais em setores tão distintos como os transportes, as obras públicas ou o pequeno comércio.
fonte:Agencia Financeira
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