quinta-feira, 16 de junho de 2022

Artigo de Paula Miranda —Está tudo bem, em não estar tudo bem

 

É natural em nós, quando nos perguntam como estamos, respondermos:



Está tudo bem!

E será que está sempre tudo bem?

Falo por experiência própria, andei e ainda acontece dar esta resposta quando chegam até mim e me perguntam como estou, mesmo em alturas de muita dor, de muito sofrimento, de tristeza, de desafio. Só que agora com outra consciência.

Um dia, penso que durante o ano passado, em pleno confinamento, uma grande amiga, irmã que ganhei nesta minha caminhada, disse-me esta frase: “Paulinha, está tudo bem, em não estar tudo bem!”

Foi a melhor frase, o melhor conselho que recebi algum dia.

Caramba, porque é que nós temos sempre de estar bem? Porque é que nós não podemos mostrar que há dias que não estamos bem, que precisamos de colo, de apoio, de ajuda.

Eu sempre fui o pilar de muitas pessoas, estava sempre bem, diziam-me várias vezes que tenho uma força incrível.

Tenho é certo, consigo ver soluções, consigo ultrapassar desafios, consigo encontrar no meio das nuvens, o raio de sol.

Sou incapaz de magoar seja quem for, já fiz asneiras? Claro que sim, quem não faz?

Já tomei decisões erradas? Sim já.

Apenas procuro todos os dias melhorar o meu eu, ser melhor que ontem e hoje aprender com o que se passa à minha volta e dentro de mim, para ser melhor amanhã.

É fácil? Não. Só sei que não é impossível.

Há dias de muita dor, muita tristeza.

Paro e procuro encontrar as respostas que necessito dentro de mim.

São momentos em que escolho estar sozinha.

Procuro em mim o melhor, choro, desabafo, digo o que sinto, peço o que preciso. Ouço-me.

Sou eu!

Sou atendida? Sou correspondida? Sou compreendida?

Maior parte das vezes não.

Sei que sou merecedora de paz, tranquilidade e muito amor.

Sei que dou muito de mim, e que muitas vezes me esqueço de mim.

A vida rola, os projetos andam, o entusiasmo apodera-se de nós e nós vamos no barco sem apreciar a paisagem.

Foi o que me aconteceu nos últimos tempos, realizei alguns dos meus objetivos, estou onde quero estar e ser feliz.

Só que quando ganhamos também perdemos, eu posso dizer que perdi, vi escapar-me pelos dedos da mão algo que me alimenta em amor.

O que é que isto me trouxe?

Dor, uma dor profunda, tristeza muita, dúvidas de mim, duvidas de tudo, vontade de desistir.

Só que para mim: Desistir não é opção!

E sim também trouxe as dores do passado, o medo das decisões tomadas não terem sido as melhores, o medo… esse bloqueou-me durante alguns dias.

Permiti-me sentir isto tudo, permiti-me colocar em perspetiva tudo o que tinha, o que tenho e o que quero.

Enquanto seres humanos estamos constantemente à espera de respostas… hoje decidi não procurar respostas, hoje decidi não forçar aquilo que o futuro me reserva.

Decidi lutar por aquilo em que acredito, decidi continuar a Amar da forma que sei e deixar vir o que tiver de vir.

Sei que seja o que for que o futuro me reserve, será algo de bom e sabendo que no meio acontecerão sempre desafios, sei que não estarei só! Obrigada.

Estou cá para receber, o que vier.

Com consciência que não vou ficar no “vale” com o menos bom, nem me vou deslumbrar no “pico” com o bom.



Muitas vezes sermos conscientes, vulnerabilizarmo-nos, aceitarmos, leva-nos ao patamar seguinte.

É o que está a acontecer comigo neste momento.

Tomei consciência plena que sou um ser humano como qualquer outro, do que me está a inquietar e do que tenho de trabalhar em mim;

Vulnerabilizei-me ao escrever este artigo;

Subi mais um patamar, com muita força, foco e fé sigo o caminho.

Levem com vocês esta frase:

ESTÁ TUDO BEM, EM NÃO ESTAR TUDO BEM.

“O modo como gerimos o nosso vale determina a rapidez com que chegamos ao pico seguinte”
“O caminho para sair do vale surge quando escolhemos ver as coisas de outra maneira”
“Não podemos controlar sempre os acontecimentos externos, mas podemos controlar os nossos picos e vales pessoais com aquilo em que acreditamos e com o que fazemos”
“Conseguimos sair mais cedo de um vale quando conseguimos sair de nós próprios: no trabalho, sendo mais úteis, e na vida, sendo mais afetuosos.”



In Picos e Vales _ Dr Spencer Johnson



Gratidão

Continuarei a escolher o Amor, a Verdade e a Compaixão.



Em breve chegarão novidades ♥

Sempre por perto … treecoach9@gmail.com



Com Amor e Gratidão

Paula Miranda

Coach Profissional & Kid Coach

Especialista em Comunicação e PNL

Atendimento Parental e Escolar

Analista Comportamental

Rua Marquês de Tomar, 22

Fornos de Algodres
Somos Criadores / Acredita em Ti


Tlm 932 688 567

treecoach9@gmail.com

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