Área social escapa aos planos de austeridade dos municípios da região para o próximo ano.
O investimento em obras públicas e a despesa corrente são as áreas que vão sofrer mais cortes em 2011 na maioria das autarquias da Beira Interior. O Orçamento de Estado para o próximo ano, que deverá ser aprovado hoje, traz medidas de austeridade e as autarquias não escapam. Haverá menos dinheiro para as Câmaras, por isso, a palavra de ordem será poupar. Muitas obras públicas terão de ficar “em espera”, esta é já uma certeza. Pelo menos nos municípios de Pinhel, Fundão, Belmonte e Manteigas esta será a realidade de 2011. «Os cortes terão de ser profundos e radicais, o dinheiro para investir em obras vai ser pouco ou nenhum, pelo que há projectos que terão de ficar para trás», lamenta António Ruas, autarca de Pinhel. Neste município não será sequer possível recorrer a fundos comunitários para a realização de determinados projectos, uma vez que a autarquia não sabe se terá verbas para pagar a sua parte da factura. No Fundão, «a austeridade chegou há muito», diz Manuel Frexes. Segundo o presidente, poupar é um hábito que há muito se enraizou nos municípios. «Uma das áreas mais afectadas vai ser a do investimento, as autarquias terão de abrandar o ritmo de crescimento», considera. No seu município, obras de infraestruturas, requalificação de estradas, conservação e reparações correm o risco de não acontecer. «Mesmo alguns projectos com apoios de fundos europeus poderão não ir para a frente, porque a taxa de cobertura de execução do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) é baixíssima», acrescenta. Em Belmonte, Amândio Melo diz que o orçamento da vila «é miserável» e, por isso, é impossível não cortar no investimento. Eventos e apoio ao desporto e associativismo serão outras áreas onde a poupança se vai sentir mais. Já Esmeraldo Carvalhinho, autarca de Manteigas, confirma que o investimento também irá abrandar em 2011 no seu concelho. Ainda assim, diz que não será possível «cortar em todas as obras previstas».
Numa altura em que o “cinto aperta”, há autarquias que não tencionam reduzir o investimento. É o caso de Gouveia, Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo. «Queremos manter um certo ritmo de investimento, porque não queremos hipotecar o futuro», justifica Álvaro Amaro, autarca de Gouveia. António Edmundo, presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, tem uma opinião semelhante: «É um erro cortar nas obras públicas porque não se dinamiza a região». Aqui, a ideia é apostar em «investimento de proximidade e não em obras megalómanas». No entanto, este optimismo esbarra na realidade. Segundo António Edmundo, os projectos que seriam apenas financiados pela autarquia terão de esperar meio ano para serem concretizados. É o caso do pavilhão multiusos e de obras de regeneração urbana. Foz Côa também não quer abrir mão de alguns projectos já contratualizados e, por isso, «o investimento não será a área mais afectada», refere o edil Gustavo Duarte.
Numa altura em que o “cinto aperta”, há autarquias que não tencionam reduzir o investimento. É o caso de Gouveia, Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo. «Queremos manter um certo ritmo de investimento, porque não queremos hipotecar o futuro», justifica Álvaro Amaro, autarca de Gouveia. António Edmundo, presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, tem uma opinião semelhante: «É um erro cortar nas obras públicas porque não se dinamiza a região». Aqui, a ideia é apostar em «investimento de proximidade e não em obras megalómanas». No entanto, este optimismo esbarra na realidade. Segundo António Edmundo, os projectos que seriam apenas financiados pela autarquia terão de esperar meio ano para serem concretizados. É o caso do pavilhão multiusos e de obras de regeneração urbana. Foz Côa também não quer abrir mão de alguns projectos já contratualizados e, por isso, «o investimento não será a área mais afectada», refere o edil Gustavo Duarte.
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