quinta-feira, 4 de março de 2010

Bombeiros ameaçam estacionar ambulâncias frente ao Governo Civil da Guarda

A ULS pretende também pôr fim aos «abusos e aos vícios que se foram criando».
Reunidos em Alverca na passada Segunda-feira, os presidentes das federações de bombeiros e a Liga de Bombeiros decidiram pedir uma audiência ao primeiro-ministro, ao Presidente da República e aos grupos parlamentares para discutir as recentes orientações do Ministério da Saúde para reduzir a factura do serviço de transporte de doentes, maioritariamente efectuado pelos bombeiros. Mas mantém-se a ameaça de paralisar por 24 horas o transporte de doentes e a não realização de alguns serviços para instituições do Estado, como limpeza de estradas ou desentupimento de esgotos. O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda, Gil Barreiros, explicou ao TB que foi dada liberdade para que localmente a situação possa ser gerida. O dirigente admite que possam vir a ser tomadas algumas medidas para chamar a atenção das forças vivas. «Não se estranhe que um dia a Guarda possa acordar com as ambulâncias estacionadas frente ao Governo Civil ou que fiquem paradas nos quartéis», sustenta Gil Barreiros. O presidente da Federação sublinha que se trata de uma situação «grave» que está a por em causa a «sobrevivência» dos corpos de bombeiros e dos postos de trabalho criados pelas associações humanitárias. Acusa a tutela de optar por medidas economicistas, sem ter em conta «acordos anteriormente celebrados e as leis nacionais». Gil Barreiros constata que as associações de bombeiros já se ressentem do regulamento criado pela Unidade Local de Saúde da Guarda que restringe o transporte de doentes em ambulância e privilegia a utilização dos transportes públicos e o transporte próprio. As novas medidas estão em vigor desde o início de Fevereiro. A ULS da Guarda quer que o transporte de doentes em ambulância seja estritamente para quem «efectivamente» necessita. O objectivo deste regulamento, como explicou recentemente ao TB o presidente da ULS da Guarda, Fernando Girão, é reduzir a factura anual de 3,5 milhões de euros que a instituição gasta em transporte de doentes. A ULS pretende também pôr fim aos «abusos e aos vícios que se foram criando».
in Terras da Beira

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