segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Artigo de Sara Morais- Depressão, a Fadiga e a Hipnose Clínica



Uma das características, frequentemente, associadas à depressão é a falta de energia e vitalidade tanto a um nível físico como psicológico. Esta fadiga condiciona a capacidade de trabalhar ou, até mesmo, realizar tarefas simples do quotidiano mesmo quando estas na realidade não representam um esforço, propriamente dito, mas são percecionadas pelo sujeito depressivo como depauperantes.

Na verdade, o cérebro humano evoluiu ao longo do tempo para adaptar e proteger a espécie Humana a um mundo cada vez mais exigente. O cérebro tem a capacidade de transformar o mundo real, de injetar a felicidade, de inventar o prazer e de potenciar a sensação de apego e pertença através dos vários neurotransmissores: dopamina, serotonina, endorfinas e adrenalina. Por exemplo, quando o leitor come um determinado alimento calórico, sente prazer ou, simplesmente, quando concretiza algo que sempre desejou sente uma maior sensação de energia e vitalidade.

Contudo, na depressão este sistema de recompensa e de construção do mundo real fica desregulado, o mundo perde a cor, a vida fica empobrecida e tudo o que acontece ao seu redor é percecionado como um chorrilho de eventos sem qualquer razão ou expressão. O leitor experiência, então, o que Augusto Cury advogada como o último estágio da dor Humana – a depressão. A realidade fica cinzenta, as capacidades cognitivas e físicas são lentificadas e instala-se o desinteresse pela procura do prazer e da felicidade.

É neste enquadramento que surge a Hipnose Clínica enquanto ferramenta terapêutica não convencional mas complementar e natural. O estado de Hipnose, por si só, caracteriza-se por um estado neurofisiológico natural que altera a perceção cognitiva, do exterior para o interior, permitindo a libertação natural dos neurotransmissores: dopamina e serotonina e por conseguinte, restabelece um equilíbrio neuro-químico. Neste seguimento, o leitor começa a sentir mais energia e o pensamento fica menos disperso. Numa fase posterior, o leitor vai desenvolver uma maior consciência sobre o seu “eu” interior e sobre as suas emoções, compreendendo um reajuste nos vários comportamentos e hábitos no roleplay do quotidiano, devolvendo assim o bem-estar e a qualidade de vida ao leitor.

Sara Morais

Hipnoterapeuta

Consultas 91 63 54 106

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