terça-feira, 20 de setembro de 2022

Artigo de Sara Morais—A Mente, as emoções e a Hipnose Clínica



O ditado magistral “O tempo é dinheiro” vinculou o foco social e individual no investimento do tempo para a realização monetária e material. Num segundo plano, ficou retida a expressividade emocional que se tornou num garante desafio da nossa atualidade. Embora, atualmente, exista uma maior acessibilidade à informação sobre o contexto emocional, a verdade é que há, ainda, um parco conhecimento e a vontade para falar sobre as emoções e o respetivo processamento.

O facto de usarmos o nosso raciocínio lógico e linear na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e nas várias dimensões da vida diária, leva-nos à tendência natural de desvalorizar o conteúdo interior e emocional. Contudo, o uso da razão sobre o domínio das emoções não quer, por si só, inferir um processamento pleno destas mesmas respostas. Por este motivo, fica deprimido sem uma razão aparente para o estar ou deixa de dormir inexplicavelmente, ou simplesmente, o leitor tem consciência de uma determinada mágoa interior que a leva agir, espontaneamente, e de forma paradoxal à razão.

Isto acontece porque a emoção – reação a um estímulo ambiental e cognitivo – fica, muitas vezes acomodada na mente subconsciente, caprichosamente, sem o devido reconhecimento, porque é algo, sobriamente, doloroso, traumático ou incompreensível aos olhos da razão, e por esse motivo a troca de informação realizada entre a mente subconsciente e consciente sustenta a ação espontânea que faz perder o controlo consciente do comportamento. Assim, surge os sentimentos, que permitem determinar qualitativamente a emoção o que possibilita a mudança da emoção e por conseguinte a ação.

É nesta viagem de profundidade interior que a Hipnose Clínica assume um papel preponderante, não só enquanto terapêutica, mas, também, enquanto instrumento de desenvolvimento pessoal. Esta ferramenta permite ao sujeito conhecer a si mesmo seguindo vários encadeamentos e técnicas que o possibilitam. Inicia-se logo, de imediato, no processo de indução – ao passar de o estado de consciência vígil para o afunilamento da atenção concentrada – o leitor vai abarcar o conhecimento dos processos indutivos compreender como o seu pensamento e o corpo reagem de forma natural.



Neste processo fisiológico natural, terá a oportunidade de gerir o senso crítico sustentado pela mente consciente e, consequentemente, entrar em contacto com as suas emoções. Esta acessibilidade, permite uma aprendizagem sobre o espectro emocional através de uma maior compreensão e trabalho de alteração simbólica, no que diz respeito aos sentimentos, experiências e sensações que contribuem ativamente para uma gestão emocional e comportamental aumentada e eficaz.

A este quociente positivo junta-se aceitação sobre si mesmo fomentado pelo conhecimento das próprias capacidades e limitações diluídas, ao longo do tempo, pelos grilhões das crenças limitadoras. Este processo compreende a capacidade do desenvolvimento comportamental e emocional, como também promove a concretização das diversas metas e objetivos.

Para concluir, a Hipnose Clínica vincula-se, assim, como a coluna dorsal de um novo mapa mental, uma nova configuração do “eu” nesta alexitimia atemporal, em que as várias exigências, beliscam diariamente o bem-estar e o equilíbrio da saúde mental.

No próximo boletim de saúde, em setembro, poderá verificar mais sobre o misterioso segredo da felicidade e as emoções negativas.



Sara Morais

Hipnoterapeuta

Consultas 91 63 54 106

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