quarta-feira, 22 de abril de 2015

Desempregados escolhem roupa para os filhos na loja social da Cáritas de Viseu

A loja social da Cáritas de Viseu tem roupa, brinquedos e outros bens para a casa. É uma loja como outra qualquer, só que ali troca-se e oferece-se, não há dinheiro à vista, e qualquer pessoa é bem-vinda, uma vez que a loja está cheia de roupa. A Cáritas de Viseu apela a que lhes forneçam expositores, para que possam mostrar todo o vestuário e calçado que ali têm.


Desempregados de longa duração com origens em encerramentos de pequenas e médias empresas definem o cliente-tipo da loja social.
Eva Pinto, de 51 anos, chega pouco antes do meio-dia à loja, praticamente já vazia, pelo aproximar da hora de almoço, e escolhe roupa para o filho que estuda no 12º ano. Eva está desempregada há anos demais. Vive do rendimento social de inserção. “Trabalhei numa fabrica de calçado, em Jugueiros. Fechou, deixaram de fabricar, entretanto  faleceram os donos e os herdeiros não quiseram dedicar-se àquilo e venderam para lotes. Não podia arranjar mais nada, tenho que viver de ajudas para mim e para o meu filho”, relata à RR.

Desempregados também ajudam
A voluntária Maria Eduarda, 59 anos, recebe quem chega. Também ela está desempregada.”Trabalhava num escritório de contabilidade, que fechou e, como estava em casa, vim ajudar aqui”, sorri.

“Recebo o subsidio de desemprego, mas não é muito. Vamos vivendo e ajudando”, diz com uma réstia de esperança.

Os pedidos de ajuda à Cáritas de Viseu não param de crescer. Em Março, surgiram novos 80 casos de carência. Cerca de 800 pessoas foram o universo de beneficiários. Destes, 157 não têm qualquer subsidio.

Na primeira quinta-feira do mês de Junho, a Cáritas de Viseu, vai organizar um peditório de bens alimentares, de modo a encher os sues armazéns, vazios, de momento, ao contrário do que se vê na loja social, que transborda de roupa e brinquedos.
Por Liliana Carona-RR

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