Segundo
o responsável, foi criado um grupo de trabalho que inclui a Estradas de
Portugal (EP), a Via Verde e a Ascendi, que está a estudar melhorias a
introduzir no atual sistema de portagem de pórticos, que é
«particularmente caro do ponto de vista da gestão operacional». O
presidente da EP, que falava aos jornalistas na Guarda, no âmbito de uma
visita às regiões da Beira Interior Norte, Cova da Beira e Serra da
Estrela, referiu que aquela entidade «começou a analisar soluções
alternativas e a estudar melhorias a introduzir no sistema». «Esse
trabalho está a ser desenvolvido, é um trabalho da EP, não é um trabalho
do Governo. É um trabalho sobre a plataforma tecnológica, sobre a qual
podemos operar com o máximo de eficiência, com o menor custo para os
utilizadores», disse, indicando que a entrega dos resultados «está para
breve», para depois o Estado tomar decisões. António Ramalho disse que
gostaria que o sistema «fosse bem mais barato, bem mais amigo das
pessoas e que as pessoas se sentissem mais confortáveis com ele».
Admitiu que os utilizadores «se sentem melhor na A2, em que sabem quando
entram e quanto é que pagam no final, do que na A23, onde circulam de
uma forma sumativa» e «nem todos sabem, no final, quanto é que vão
pagar». «Se pudermos evoluir para modelos mais eficazes, melhor seria»,
considerou o responsável, por considerar que o atual é «caro»: «Isto é,
os custos da operação do sistema são muito elevados. Significa
basicamente que, se os custos fossem mais baixos, poderíamos,
obviamente, reduzir os custos das portagens». António Ramalho
exemplificou que a receita com os veículos que não têm dispositivo
eletrónico, em que é utilizado o recurso à fotografia, «é absorvida
quase integralmente» pelos custos da operação. «O sistema não está
sustentado e não é sustentável e, portanto, nós esperamos que o sistema
não fique como está, porque, a ficar como está, não vamos ter dinheiro
para preservar, não vamos ter dinheiro para conseguir que esta rede de
autoestradas que é a quarta melhor rede dos países da OCDE tenha os
níveis de conservação, de preservação e de manutenção que temos que
ter», alertou. Na deslocação à Guarda, o presidente da EP referiu que no
ano de 2012 foi registada «uma descida na procura de 36% no caso da A23
(Guarda/Torres Novas) e de 26% na A25 (Aveiro/Vilar Formoso)», em
comparação com o ano anterior.
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